terça-feira, 16 de abril de 2013

DESTERRADO



Desterrado de mim mesmo, em longínquos céus
Encontrei-me vagando em terras de outrem, banido
Dos limites encobertos por distintos véus

Assim como um enigma que nunca se revela
Muros se erigem como fortalezas invisíveis
Cercando, imponentes, a insondável cidadela

E eu fico de fora assistindo, assim, calado
Com o sentimento de um pobre desterrado
Procurando o que estaria fora do lugar

Percebi então com minha pouca sutileza
Que minhas chaves não possuam nem um pouco de leveza
E não abrem mais as portas que ousava adentrar

Por isso agora sou um estrangeiro abandonado
Só avisto o solo seco no horizonte desolado
Onde florestas e alvos cumes costumava desbravar.

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