Desterrado de mim mesmo, em longínquos céus
Encontrei-me vagando em terras de outrem, banido
Dos limites encobertos por distintos véus
Assim como um enigma que nunca se revela
Muros se erigem como fortalezas invisíveis
Cercando, imponentes, a insondável cidadela
E eu fico de fora assistindo, assim, calado
Com o sentimento de um pobre desterrado
Procurando o que estaria fora do lugar
Percebi então com minha pouca sutileza
Que minhas chaves não possuam nem um pouco de leveza
E não abrem mais as portas que ousava adentrar
Por isso agora sou um estrangeiro abandonado
Só avisto o solo seco no horizonte desolado
Onde florestas e alvos cumes costumava desbravar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário