segunda-feira, 25 de novembro de 2013

BREVE ENSAIO SOBRE A IMORTALIDADE


Recebi com lágrimas o amaranto que me destes
Mas meu coração não pôde compreender
Quão profundo foi um dia este saber
E o peso escondido na beleza das tuas vestes.

Hoje ainda choro pelo que tuas pétalas me oferecem
Porque o vento tem o teu cheiro em todo lugar
E até as sombras projetadas pelo espectro lunar
Lembram que só devem recebê-la aqueles que a merecem.

Por isso ao jardim de onde não deverias ter saído
A devolverei quando chegar o amanhecer escolhido
Para que possas reaver tua inocência roubada.

Só então quando a flor retornar ao paraíso caído
Poderemos contemplar o amaranto escondido
No coração de quem foi por sua beleza libertada.