sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ENSAIO SOBRE O NADA

O meu corpo é um frágil objeto
Habitado por uma "persona non grata"...
...sem destino, de origem abstrata,
É um eremita etéreo à procura de um teto

Marcado pela fragilidade humana
Incoerente, imperfeito e contraditório
Esse meu corpo é o infiel depositório
De uma dádiva, vez ou outra, sutil e mundana

Não há ponto nesse corpo em que a vastidão não cesse
O trabalho voraz que lhe toma o tempo
Fluxo vital que se perde em um momento
Toda vida passa e o Nada acontece!