quinta-feira, 3 de março de 2011

A DEUSA E A VERDADE

Como fiel devoto de uma Deusa tão carnívora
Efusivamente quero orar em teu templo majestoso
E demonstrar com toda força neste ato amoroso
A fé que te entrego de maneira inequívoca

Rigidamente colocado diante do teu ofertório
Como em ritos antigos, numa úmida caverna
Ponho em ti, teu santuário, minha Deusa morna e terna
Todo meu ser que adentrando alcança teu depositório

Seu culto erigido no esplendor da criação
É a divina essência transformada em lassidão
A natureza do pecado encarnada em brancas vestes

Ó minha Deusa venerada em línguas tão antigas
Ainda hoje é amada, apesar das eras idas
Pois teu ventre é semeado de verdades incontestes.