terça-feira, 4 de agosto de 2009

O PÊNDULO

Vem descendo ele: o pêndulo.
No seu retumbante recuo
Quer invadir-me.
Em sua marcha lenta
Caminha o meu destino.
Em sua ponta de aço
Escorre a lágrima...
Derradeira.

Vem descendo ele: o pêndulo.
Lentamente vem, a espreitar-me.
Das suas garras, não escapo.
As suas lâminas, não desejo.

Marcha o tempo, em tic-tac.
Marcham as horas, em grão de areia.
Quando chegar a hora, descerá o pêndulo.
Duas partes, numa teia.



(Dedicada ao mestre do terror, King Diamond)