Uma rosa apenas há no meu jardim
E da sua beleza meu amor extrai
A essência que dela nunca se esvai
E um doce aroma superior ao jasmim.
Nesse jardim não há colméia ou abelha
Mas nele delicio desta rosa o mel
Como a língua que lambe, atingindo o céu
No fogo que arde, do lamber, a centelha...
Amo em minha rosa o mel e a alvura
A volúpia sutil embebida em ternura
E esse olhar casto que espelha minh'alma
Pigmento róseo que anima a brancura
Cada pétala que toco torna ainda mais pura
A vara que cultiva e, em ti, acalma.
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5 comentários:
Maravilha Grigório!!!
Fernando
Belíssimo. =) O título me lembrou imediatamente a Rosa do Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry. É bom que aja homens que cultivem jardins inteiros por causa de uma rosa.
Beijo carinhoso. =*
olá! tudo bom? muito interessante seu blog.tambem gosto de escrever textos livres,sobre temas variados.se puder,dá uma passadinha lá pra dar uma conferida,ok?
abraços e sucesso!
Nada absurdo esse amor rasgado, vivido na sua plenitude e intensidade...
Soneto
A um poeta erótico
Pétalas delicadas de carne em rosa
Desabrocham em lúbrico carmim
Para embelezar o escolhido jardim
Com a exuberância de sua forma generosa
Jardim onde rosas de outrora amam jazer
A rosa que brilha em estelar vermelhidão
Conduz – veludoso toque – à imensidão,
O que nenhuma outra rosa sonhou fazer.
Rosa devoradora, carnívora desatinada
Ladra glutona de prolífico mel
Desvairada explora-o até atingir o céu
Dessa rígida, túmida e labiríntica estrada
De suavidade morna e lenta
Cujo limiar é uma vara opulenta.
(Calliope, 14/05/2010)
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